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sábado, 19 de maio de 2012
DE OLHO NAS CONFISSÕES DO INIMIGO DO AMIGO POLÍTICO. SERÁ ?
PALÁCIOS E PROSTÍBULOS
De dia, os palácios. À noite, os prostíbulos. Em geral, este é o roteiro de muitas comitivas oficiais de governantes do interior quando visitam as capitais em busca de recursos e encontros com autoridades. É lógico que o que sai nos jornais é apenas o que acontece à luz do dia. À noite, todos os gatos são pardos e detestam flashes de celulares ou câmeras fotográficas. Funciona assim. Vão negar até a morte mas é assim que acontece mesmo. Vou repetir: é assim que acontece mesmo. É claro que não é todo dia. Numa viagem de quatro dias, por exemplo, reserva-se pelo menos um para uma "esticada" relaxante até um inferninho repleto de popozudas no pleno exercício da mais antiga das profissões. Não tenho sequer moral para criticar tal comportamento porque fiz isso também, mais de uma vez, durante viagens em que acompanhei comitivas oficiais; mas confesso que é uma delícia repartir isso com quem imagina que viagens oficiais de chefes do executivo são feitas apenas e tão somente de palácios, tapetes persas e gabinetes. Tisc. Tisc. Há um lado oculto que revela cenas digamos, pouco republicanas mas enormemente saborosas. Lembro-me certa vez que a comitiva que eu integrava estava toda soltinha, que nem pinto no lixo, numa boate de São Paulo. Acompanhávamos a dança das "meninas" num palco com o chão explodindo em luzes multicoloridas (o supra-sumo da cafonice erótica) quando um jumento da casa,ao microfone, foi capaz de agradecer, para todos ouvirem, a presença do prefeito tal, do município tal....Misericórida. O terror instalou-se imediatamente. Qual seria a próxima vítima ? Por sorte, a sandice não teve continuidade. O dono da Casa da Luz Vermelha percebeu o tamanho da asneira e tratou de mandar o mestre de cerimônia fechar a boca. Certamente foi demitido no dia seguinte. A mecânica das esticadinhas é simples. Depois de passar o dia em busca de recursos - e realmente isso é feito numa romaria por gabinetes de parlamentares, secretários de estado e ministros - a comitiva jeca chega exausta ao hotel em que está hospedada. Aí,ainda no quarto do hotel, todo mundo de cueca, a conversa começa assim: "E aí, o que vamos fazer...?" . Não é preciso nem responder. Em seguida, é desencadeada uma cadeia de fomento econômico em que todos ganham o seu. É o PAC-PP, o" Programa de Aceleração do Crescimento do Pinto do Prefeito", e também do vice, do secretário disso, do secretário daquilo e por aí vai. Do taxista que indica as casas da moda ao porteiro do hotel que libera a entrada de Bruna Surfistinha ( e depois ganha uma porcentagem sobre o valor do programa), todo mundo leva o seu. Portanto, não se iluda. Durante as viagens oficiais, à noite, o último lugar que você deve procurar por quem não atende o celular é a Catedral da Sé ou a Catedral Metropolitana de Brasília. É mais fácil você pedir informações sobre onde fica a Gaiola das Loucas. Certamente os "sumidos" estarão lá, se acabando em cerveja long neck a R$ 25 e uísque "nacionalizado" a R$ 45 a dose. Sem contar que na hora de levar o "amor da sua vida" para dar uma no hotel você tem de pagar uma baba pra moça tirar a bolsa dela do porta-objetos pega-trouxa que a casa instala estrategicamente próximo à saída; afinal, o dinheiro precisa girar. Pernas grossas e virilhas com depilação de contorno aquecem a economia. Sei que não estou dizendo nenhuma novidade mas há coisas que, por mais manjadas que sejam, continuam sob o abrigo da cara-de-pau dos fariseus; todo mundo sabe que rola mas há um pacto de silêncio já que, para o bem ou para mal, é melhor e mais gostoso que continue "rolando". Entendeu agora porque as comitivas oficiais são verdadeiros clubes do Bolinha? Dificilmente você vê uma primeira-dama ou secretária de governo acompanhando o chefe do executivo em viagens oficiais. A lei sacrossanta é "não levar sanduíche em festa". Quando a coisa esquenta na cozinha doméstica são feitas pequenas concessões amansa-leoa. Daí aquelas viagens onde se vê a exceção do acompanhamento das esposas. "Meu bem eu tenho de ir a São Paulo, vem comigo para você ver como são as viagens oficiais", diz , púdico que só ele, o governante para a mãe de seus filhos. Ela até vai mas duvido que , como mulher, acredite cegamente que todas as outras viagens do marido sejam tão chatas e enfadonhas quanto aquela que fizeram juntos. Sobre o assunto, Nelson Rodrigues nunca deixou de estar certo. Dizia ele, com a acidez habitual: "Se cada um soubesse o que o outro faz dentro de quatro paredes, ninguém se cumprimentava".
Fonte: http://conradovitali.blogspot.com.br/2012/05/palacios-e-prostibulos.html
Fonte dessa matéria jornalística: www.guairaenfoco.blogspot.com
sexta-feira, 18 de maio de 2012
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