Filha de ex-ministro do TSE é presa no Rio
Foto divulgação, retirada junto á internete
Adriana Vilella passava férias no Rio de Janeiro e deve chegar a Brasília ainda hoje
A arquiteta Adriana Villela, filha do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela e de Maria Carvalho Mendes Villela, foi presa nesta quinta-feira (27), no Rio de Janeiro. A prisão de Adriana, que passava férias no Rio de Janeiro, foi decretada nesta terça-feira (25) pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (DF), a pedido do Ministério Público. De acordo com a polícia do DF, ela deve chegar a Brasília ainda nesta tarde.
Adriana é suspeita de ser mandante do assassinato dos pais e da empregada Francisca Nascimento da Silva, de 58 anos. O casal e a empregada foram mortos a facadas em 28 de agosto de 2009 no apartamento da família, em área nobre de Brasília.
A arquiteta nega as acusações e o seu advogado, Rodrigo Alencastro, prepara um pedido de habeas corpus. O argumento da defesa é que as justificativas da polícia são insuficientes para mantê-la presa. Para pedir a prisão de Adriana, o Ministério Público usou a necessidade de dar andamento ao processo e de dar uma resposta ao clamor público.
Em novembro do ano passado, mais de um ano após o crime, a polícia prendeu um ex-porteiro do prédio dos Villela e um comparsa, que confessaram ser os autores do crime e negaram que os assassinatos tivessem um mandante. Depois, mudaram o depoimento.
Para a polícia, há indícios da presença de Adriana no local do crime, conforme confirmou um exame pericial. Em seus depoimentos, Adriana disse que não esteve na casa dos pais durante todo o fim de semana.
O crime
O assassinato, que ficou conhecido como o crime da 113 Sul, chamou a atenção pelos personagens e pelos problemas na investigação. Villela ficou conhecido por atuar como advogado do ex-presidente Fernando Collor no processo de impeachment.
O casal e a empregada foram mortos no dia 28 de agosto no apartamento em que viviam, um imóvel de 500 metros quadrados em área nobre de Brasília, protegido por câmeras e seguranças. Mas os corpos só foram encontrados três dias depois, pela neta do ex-ministro. Foram roubados dólares e joias, valores insignificantes se comparados aos bens da família.
Logo após o crime, a polícia prendeu três suspeitos na periferia de Brasília. O motivo da prisão foi uma chave encontrada na casa dos suspeitos, dos fundos do apartamento dos Villela. A polícia chegou ao local com a ajuda de uma vidente. Mas uma perícia comprovou que a chave havia sido ‘plantada’ no local. Os suspeitos foram liberados, a delegada afastada e a investigação transferida para a Corvida (Coordenação de Investigação de Crimes contra a Vida).
Em novembro do ano passado, mais uma reviravolta. O ex-porteiro Leonardo Alves e um comparsa foram presos em Montalvânia (MG). Eles confessaram o crime. No primeiro depoimento, Alves disse que agiu apenas com um comparsa. Em segundo depoimento, ele disse que teria agido a mando de Adriana Vilella.
Fonte: www.r7.com
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