domingo, 30 de janeiro de 2011

DE OLHO NAS ÚLTIMAS NOTÍCIAS SOBRE O DESABAMENTO DO PRÉDIO NO PARÁ

DNA vai identificar corpo de vítima de desabamento de prédio no Pará
Homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros trabalham nos escombros em busca de vítimas do desabamento.

Corpo de mulher foi retirado dos escombros na madrugada deste domingo. Família de pessoa desaparecida não conseguiu fazer reconhecimento.
A Identificação do corpo de uma mulher de 67 anos, que foi resgatado neste domingo (30) dos escombros do prédio que desabou em Belém, será feita apenas por exames de DNA. O acidente ocorreu no Bairro Nazaré, por volta das 14h deste sábado. Pelo menos outras três pesoas são consideradas desaparecidas pela Defesa Civil e podem estar nos destroços do prédio.

Cães farejadores também estão local para ajudar na localização das vítimas. O número de pessoas soterradas ainda é incerto. Inicialmente, a Defesa Civil informou que havia cinco pessoas embaixo dos escombros. No início da madrugada, o número poderia chegar a sete. Duas pessoas, que estavam em casas vizinhas, conseguiram sair com vida.

O exame de DNA será realizado pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e o resultado divulgado em cinco dias. Familiares de uma mulher desaparecida na região do desabamento estiveram no Instituto de Medicina Legal (IML), mas não conseguiram fazer o reconhecimento da vítima por conta do estado em que se encontra o corpo. Os supostos familiares coletaram sangue para a identificação.

Segundo a Agência Pará de Notícias (órgão de comunicação do governo do Pará), o proprietário da construtora responsável negou que houvesse irregularidades na obra. Em entrevista concedida neste domingo (30), na sede da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), ele garantiu que a construção estava aprovada e regulamentada. O empresário disse que a empresa aguardará o laudo sobre as causas do desabamento.

Ainda de acordo com a agência, a técnica em enfermagem Marluce Castro Bacelar, que constava da lista de desaparecidos em função do desabamento, foi encontrada neste domingo, em sua casa. Ela trabalhava na obra, mas não foi ao prédio no sábado.

O major Augusto Sérgio Lima de Almeida, coordenador adjunto da Defesa Civil, informou que a vítima era moradora de uma casa vizinha ao edifício que foi atingida pelo desabamento. Cerca de 200 homens trabalharam com máquinas retroescavadeiras para retirar o material acumulado após o desabamento do edifício neste domingo e continuam na operação.

O prédio que desabou ficava na Travessa 3 de Maio, entre as avenidas Magalhães Barata e Governador José Malcher. Segundo o major Lima, não há risco de desabamento de prédios vizinhos. "Desde o primeiro momento estamos trabalhando com a evacuação da região para montar o que chamamos de teatro de operações. Isso é preciso por questão de segurança. Temos pessoas desabrigadas e desalojadas. Já foi feita a análise dos prédios vizinhos. A evacuação é necessárias por causa da movimentação das máquinas."

Obra regular
Segundo José Viana, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) do Pará, a obra do prédio está regular. "Pedi para analisar a documentação e está tudo certo. No que diz respeito ao controle do conselho, a construção está com todos os registros regulares."

Viana disse ainda que o prédio ao lado do que desabou será avaliado para saber se há risco de desabamento. "Não cheguei a entrar no prédio por questões de segurança. Apenas quem teve acesso so imóvel foram equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. Os peritos dos bombeiros é que deveriam fazer um laudo pericial sobre a situação estrutural do prédio vizinho ao que desabou."

O presidente do Crea afirmou que o prédio estaria em fase de acabamento. "Não tenho muitas informações sobre o estágio da obra. Só sei que a construtora é conceituada, tem muitos empreendimentos de luxo já entregues em Belém, sem registro de problemas ou reclamações. Pelo que sei, o prédio estava na etapa de acabamento."
Fonte: www.globo.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário