Para presidente do PCdoB, Serra não tem programa de governo
Durante a convenção nacional do partido, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, fez duras críticas ao governo FHC e à postura do ex-governador de São Paulo, José Serra, principal concorrente da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. O evento oficializou na noite desta quarta-feira (16) a aliança com o PT nas eleições de outubro.
“[Com a comparação entre Dilma e Serra] visam assim esconder a comparação do governo anterior com o governo atual, chegando até mesmo a enterrar a figura de Fernando Henrique Cardoso”, disse Rabelo. Para ele, este é “o estilo de jogo da oposição”. “[Eles] são incapazes de apresentar um programa alternativo. É isso que eles procuram esconder.”
A convenção contou com as presenças do vice-presidente, José Alencar (PRB-MG), do vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral e, representando a candidata petista, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra. Dilma viaja pela Europa e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta para Brasília de viagem ao Amazonas.
Em 8 de abril, o PCdoB realizou um grande ato com centenas de filiados para já expressar o apoio à ex-ministra da Casa Civil, com direito a música, flores e homenagens.
Segundo Rabelo, o apoio a Dilma se baseia no interesse de que se mantenha e se amplie os programas sociais e as políticas econômicas colocados em prática no governo Lula. Na ocasião, os comunistas entregaram um documento com propostas para serem adicionadas ao plano de governo da petista.
A união da “esquerda brasileira”
O vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, evitou o ataque direto à oposição, mas clamou aos presentes que a eleição garantisse o terceiro mandato “da esquerda brasileira”. "É fundamental eleger Dilma e garantir para as nossas bancadas o maior número possível de parlamentares e ser o eixo do próximo governo”, defendeu Amaral para evitar que a “direita” volte ao poder.
O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, seguiu o mesmo tom em seu discurso. “Objetivamente, eles [a oposição] não têm programa para este país, eles não têm o que apresentar ao povo, se eles saem em uma comparação dos governos (...) em qualquer setor, nós vamos levar vantagem”, afirmou.
O petista também ironizou que a coligação da oposição, PSDB, DEM e PPS, que antes chamava o Programa Bolsa-Família de “Bolsa-esmola”, agora, cogita ampliá-lo. “Chegam a falar em pós-Lula e, às vezes, voltam à posição original”, cita o dirigente para demonstrar o que o adversário de Dilma não tem posição definida.
Dutra também comemorou as já oficializadas coligações do PT com PMDB, PDT, PSB, PCdoB, PR e PRB – partido do vice-presidente José Alencar, marcada no próximo dia 26 deste mês.
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