Lula não será meu ministro, diz Dilma a jornal espanhol
Foto meramente ilustrativa
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou em entrevista ao jornal espanhol "El País" deste sábado que não cogita nomear o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro se vencer as eleições. No entanto, Dilma, que se apresentou ainda como ministra da Casa Civil, fez questão de atrelar seu nome ao de Lula. Disse que tem sido "o braço esquerdo e direito" do presidente e que "o sucesso de Lula é o meu".
"Sou a ministra da Casa Civil. Sou quem coordena os ministros e os principais projetos de governo. Trabalhei intimamente com Lula nos últimos cinco anos e meio. Ele não será ministro se eu chegar ao governo, mas sempre estarei aberta a suas propostas", declarou a petista na entrevista, que o "El País" destacou na primeira página de sua edição deste sábado.
No mês passado, o jornal espanhol já havia dedicado uma página a um perfil da candidata, um pouco antes de publicar uma larga entrevista com o presidente Lula.
Na entrevista deste sábado, de uma página e meia, Dilma ressaltou a sua condição de possível primeira presidente mulher do Brasil, o que é um dos motes de sua campanha eleitoral. Ela disse que seguirá a política de Lula mas com "alma e coração de mulher".
Citada pela reportagem como "a protegida de Lula" e "ex-guerrilheira que sofreu tortura", ela Dilma falou ainda de política exterior, projetos para o meio ambiente e disse se diferenciar de seu principal adversário, o tucano José Serra, por ter um projeto de "crescimento sustentável" para o Brasil.
A candidata petista passou a sexta-feira em Madri, onde se encontrou com o presidente espanhol José Luis Rodriguez Zapatero. Neste sábado, está em Lisboa, onde se encontrará com o premiê português José Sócrates.
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